A bronquiolite é uma infecção respiratória aguda que afeta principalmente bebês e crianças menores de dois anos causada geralmente por vírus, especialmente o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), a condição pode variar de leve a grave e exige cuidados específicos. Com o aumento dos casos nos períodos mais frios do ano, entender os tratamentos para bronquiolite torna-se essencial para pais, cuidadores e profissionais de saúde.
Este guia tratamentos para bronquiolite: guia completo foi desenvolvido com base em evidências clínicas recentes, protocolos pediátricos atualizados e práticas recomendadas para tratamento e prevenção. Aqui, você encontrará tudo o que precisa saber — desde sintomas até o que realmente funciona para aliviar o desconforto e acelerar a recuperação.
Causas da Bronquiolite
A bronquiolite é causada por uma infecção viral que inflama as vias respiratórias pequenas (bronquíolos) nos pulmões. O principal agente causador é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), responsável por até 80% dos casos em crianças pequenas, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. Outros vírus envolvidos incluem:
Rinovírus
Influenza (gripe)
Parainfluenza
Adenovírus
A transmissão ocorre principalmente pelo contato com secreções respiratórias contaminadas. Bebês em creches, expostos ao tabagismo passivo ou nascidos prematuros estão em maior risco.
Sintomas da Bronquiolite
Os sintomas da bronquiolite se desenvolvem gradualmente, começando com sinais semelhantes a um resfriado comum. Em seguida, surgem sintomas respiratórios mais intensos. Os principais sinais a serem observados incluem:
Fase inicial (primeiras 24 a 48 horas):
Congestão nasal
Coriza
Tosse seca
Febre baixa
Fase respiratória (após 2 a 3 dias):
Tosse persistente
Chiado no peito (sibilância)
Respiração rápida ou com esforço
Piora do apetite e irritabilidade
Atenção: Se a criança apresentar coloração arroxeada nos lábios ou extremidades, cansaço extremo ou dificuldade para respirar, procure um pronto atendimento imediatamente.
Diagnóstico da Bronquiolite para os tratamentos para bronquiolite
O diagnóstico da bronquiolite é feito principalmente com base na avaliação clínica do bebê. O pediatra analisará os sintomas apresentados, ouvirá os sons pulmonares com o estetoscópio e observará sinais de dificuldade respiratória.
Exames complementares
Na maioria dos casos, exames laboratoriais não são necessários. No entanto, em quadros mais graves ou duvidosos, o médico pode solicitar:
Oximetria de pulso: para medir a saturação de oxigênio no sangue.
Radiografia de tórax: em casos com suspeita de pneumonia ou complicações.
Testes virais: como swabs nasais para identificação do VSR ou outros vírus respiratórios.
Diagnosticar corretamente evita o uso desnecessário de antibióticos e permite que o tratamento adequado seja iniciado com agilidade.
Quando a Internação é Necessária
Embora muitos casos de bronquiolite possam ser tratados em casa, alguns requerem internação hospitalar, especialmente em bebês menores de 6 meses, prematuros ou com doenças crônicas.
Sinais de alerta que exigem hospitalização:
Dificuldade acentuada para respirar
Batimento das asas nasais ou retração intercostal
Desidratação (boca seca, urina escassa, sonolência)
Apneias (pausas na respiração)
Oxigenação baixa (saturação abaixo de 92%)
Em ambiente hospitalar, a criança receberá suporte adequado e monitoramento contínuo para garantir a estabilização do quadro.
tratamentos para bronquiolite em Casa
Para os casos leves e moderados de bronquiolite, o tratamento domiciliar é geralmente suficiente. O foco deve ser no alívio dos sintomas e na prevenção de complicações.
Cuidados essenciais:
Hidratação constante: ofereça líquidos com frequência (leite materno, fórmula ou água, conforme a idade).
Descanso: permita que a criança durma o quanto quiser.
Lavagem nasal com soro fisiológico: várias vezes ao dia para facilitar a respiração.
Ambiente arejado e livre de fumaça: evite exposição a poluentes e ar condicionado forte.
Importante:
Não utilize medicamentos como xaropes, descongestionantes ou antibióticos sem orientação médica. Estes podem piorar o quadro ou mascarar sintomas importantes.
tratamentos para bronquiolite Hospitalares
Nos casos em que a bronquiolite evolui com sintomas mais severos, o tratamento hospitalar torna-se necessário para garantir o suporte adequado à criança. Os hospitais pediátricos seguem protocolos baseados em evidências para manter a oxigenação e a hidratação da criança, além de prevenir complicações respiratórias.
As principais formas de tratamento hospitalar incluem:
Oxigenoterapia
CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas)
Hidratação venosa
Aspiração de secreções
Monitoramento contínuo e isolamento respiratório
Medicamentos Utilizados
Diferente de outras infecções respiratórias, o tratamento medicamentoso na bronquiolite é muito restrito e avaliado caso a caso.
Antibióticos: não são indicados, exceto se houver infecção bacteriana associada.
Broncodilatadores: uso controverso; podem ser testados e suspensos se não houver melhora.
Corticoides: geralmente ineficazes; indicados apenas em casos com comorbidades específicas.
A maioria das crianças melhora naturalmente com suporte clínico e cuidados básicos.
Fisioterapia Respiratória
A fisioterapia respiratória não é recomendada de forma rotineira na bronquiolite leve. Porém, pode ser útil em casos graves ou com acúmulo significativo de secreções, especialmente no ambiente hospitalar.
As técnicas aplicadas por profissionais incluem vibração torácica leve, tapotagem e aspiração assistida. Nunca utilize técnicas caseiras sem orientação especializada.
Alternativas Naturais e Complementares
Essas abordagens podem ajudar no conforto do bebê:
Umidificadores de ar
Lavagem nasal com soro fisiológico
Banho morno com vapor leve
Alimentos nutritivos e vitamina C (fase de recuperação)
Evite receitas caseiras não comprovadas, como óleos essenciais ou chás não indicados para crianças.
Cuidados com Bebês e Crianças Pequenas
Amamentação deve ser mantida sempre que possível.
Ofereça líquidos em pequenas quantidades, com mais frequência.
Deixe o bebê dormir o quanto precisar.
Mantenha o colchão levemente inclinado para ajudar na respiração.
A observação diária é fundamental para notar sinais de piora.
Prevenção da Bronquiolite
A prevenção é a melhor aliada:
Lave as mãos com frequência
Evite visitas gripadas ou aglomerações
Não compartilhe objetos com pessoas doentes
Ambientes limpos, ventilados e sem cigarro
Vacinação e uso de Palivizumabe para grupos de risco
Recuperação Pós-Bronquiolite
A maioria dos casos se resolve em 7 a 14 dias. No entanto, em algumas crianças, a tosse pode persistir por algumas semanas. É importante manter o acompanhamento pediátrico, principalmente se houver:
Episódios repetidos de chiado no peito
Tosse noturna contínua
Sinais de cansaço com esforço físico leve
Casos Especiais: Prematuros e Doenças Crônicas
Crianças com histórico de prematuridade, displasia broncopulmonar ou cardiopatias congênitas têm maior risco de complicações. Para esses grupos, o uso do anticorpo monoclonal Palivizumabe é recomendado durante os meses de maior circulação do VSR.
Nesses casos, qualquer sinal de bronquiolite exige avaliação imediata.
Perspectivas e Pesquisas Atuais
Pesquisas recentes têm explorado o uso de antivirais e imunobiológicos para prevenir e tratar a bronquiolite causada pelo VSR. Além disso, novas vacinas para gestantes vêm sendo estudadas como forma de proteção passiva para os recém-nascidos.
O avanço na imunização e na identificação precoce dos vírus respiratórios trará ainda mais segurança para o manejo da bronquiolite nos próximos anos.
Conclusão
A bronquiolite é uma condição comum, porém potencialmente séria em bebês. O conhecimento sobre seus sintomas, formas de tratamento e, principalmente, de prevenção é essencial para garantir uma recuperação tranquila e sem complicações.
Ao seguir as orientações médicas e oferecer os cuidados necessários, a maioria das crianças se recupera completamente. E com as estratégias corretas de higiene e prevenção, é possível reduzir consideravelmente o risco de novos episódios.
FAQs – Perguntas Frequentes sobre Bronquiolite
1. A bronquiolite é contagiosa?
Sim. Ela é causada por vírus e pode ser transmitida por contato direto com secreções contaminadas.
2. Posso usar nebulização em casa?
Só sob orientação médica. A nebulização com soro fisiológico pode aliviar sintomas, mas medicamentos inaláveis devem ser prescritos.
3. Quanto tempo dura a bronquiolite em bebês?
De 7 a 14 dias, mas a tosse pode persistir por até 3 semanas.
4. Quais são os sinais de alerta para levar ao hospital?
Dificuldade para respirar, coloração roxa nos lábios, desidratação ou sonolência excessiva.
5. Existe vacina contra o VSR?
Ainda não para uso em massa, mas o Palivizumabe está disponível para grupos de risco.
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